Associação entre o índice de massa corporal, o índice de massa triponderal e a percentagem de gordura corporal em crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v72.116843Palavras-chave:
Adolescentes, antropometria, composição corporal, crianças, estado nutricionalResumo
Introdução: Considerando a sua usabilidade, o índice de massa corporal (IMC) apresenta limitações para avaliar a adiposidade em populações pediátricas, principalmente por não distinguirmos entre massa gorda e massa muscular.
Objectivo: identificar a associação entre o IMC, o índice de massa global (IMT) e a percentagem de gordura corporal (%GC) em crianças e adolescentes.
Metodologia: Estudo transversal com 824 alunos (mulheres n=370, homens n=454) de escolas municipais de Quintero, Chile. Estratificado por: crianças dos 6 aos 9 anos (n=355) e adolescentes dos 10 aos 19 anos (n=469). Utilizámos o peso e o tamanho para calcular o IMC-z, o IMT (peso/tamanho³) e a %GC (fórmulas de Slaughter). Utilizámos o coeficiente de correlação de Pearson (r) para avaliar as associações e o coeficiente de determinação (R²) para quantificar a força da associação.
Resultados: Observámos uma elevada prevalência de excesso de peso (51,5% nas crianças dos 6 aos 9 anos e 59,8% nos adolescentes dos 10 aos 19 anos). Observámos correlações (p < 0,01) entre os índices e o %GC: nas crianças, o IMC apresenta uma correlação de r = 0,792 com o %GC e a EMI de r = 0,728; nos adolescentes, estas correlações são superiores a r = 0,728 para o IMC e r = 0,739 para a EMI. A EMI é o mais explicativo (R²) do %GC em crianças (R² = 0,571) e adolescentes do sexo feminino (R² = 0,534), embora o IMC seja o melhor preditor em crianças (R² = 0,747) e adolescentes do sexo feminino (R² = 0,623).
Conclusões: O IMT está mais associado à %GC em crianças e adolescentes, mas o IMC é o melhor preditor em crianças e adolescentes. Vai ao encontro da necessidade de uniformizar pontos de corte para IMT em pediatria.
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