Relatório de dados sobre comparações de distância, resistência, velocidade, força e volume de treino no futebol entre Brasil, Arábia Saudita e Portugal

Autores

  • Sarah Ramos ufrj
  • Lucas de Albuquerque Freire ufrj
  • Bruno Jotta da Costa unesa
  • Denilson da Silveira Vasconcelos ufrj
  • Leonardo Pereira Massoto Laranjeiras
  • Rodrigo Cunha de Mello Pedreiro
  • Ciro José Brito ufjf
  • Diego Ignácio Valenzuela Pérez
  • Esteban Aedo-Muñoz
  • Pablo Merino-Muñoz
  • Bianca Miarka Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.47197/retos.v70.115124

Palavras-chave:

Métricas atléticas, futebol, rastreamento GPS, desempenho físico, aptidão física

Resumo

Introdução: Considerando o contexto sociocultural e económico de cada nação, as exigências técnicas, táticas e físicas do futebol podem variar. Os métodos de formação eficazes e a otimização do desempenho dependem da consciência destas diferenças contextuais. Objectivo: Este estudo teve como objectivo comparar os parâmetros de desempenho físico durante os jogos oficiais (i.e., distância total percorrida, resistência, velocidade, força e carga de treino) entre jogadores profissionais de futebol do Brasil, Arábia Saudita e Portugal.
Métodos: Foram analisados ​​8.914 jogos competitivos de jogadores masculinos da primeira divisão, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos [Brasil (n = 2.534), Arábia Saudita (n = 3.889) e Portugal (n = 2.491)]. Os dados de desempenho físico foram recolhidos através de dispositivos Catapult GPS, que registaram a distância total percorrida, a resistência, a velocidade máxima, a força explosiva e a carga de treino. O nível de significância estatística foi estabelecido em p < 0,05.
Resultados: Os jogadores portugueses percorreram a maior distância total (5859,52 ± 1916,35 m), seguidos pelos jogadores da Arábia Saudita (5341,03 ± 1879,44 m) e pelos jogadores brasileiros (4467,48 ± 2505,83 m). A resistência foi também superior em Portugal (7,80 ± 2,17 m), seguida da Arábia Saudita (7,05 ± 1,78 m) e do Brasil (5,18 ± 2,43 m). A velocidade máxima foi superior entre os jogadores portugueses (4,93 ± 4,34 m/s), comparativamente aos jogadores da Arábia Saudita (4,77 ± 5,54 m/s) e aos jogadores brasileiros (4,46 ± 5,14 m/s). Os jogadores brasileiros apresentaram os valores de força mais elevados (7,84 ± 5,28), enquanto os portugueses apresentaram os mais baixos (5,84 ± 2,54). A carga de treino foi superior na Arábia Saudita (6,42 ± 3,01), ligeiramente superior à de Portugal (6,19 ± 2,30) e do Brasil (5,82 ± 3,45).
Conclusão: Estes achados evidenciam diferenças significativas no desempenho físico durante os jogos entre jogadores de futebol do Brasil, Arábia Saudita e Portugal. Os jogadores portugueses e sauditas percorreram distâncias maiores do que os brasileiros. Estes resultados são essenciais para o delinear de programas de treino adaptados a contextos específicos e que visem melhorar o desempenho competitivo.

Biografia do Autor

  • Bianca Miarka, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Tiene una beca del Programa de Jóvenes Científicos de Nuestro Estado FAPERJ y profesor de judo en la Universidad Federal de Río de Janeiro, pertenece a la facultad del Programa de Posgrado en Educación Física de la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ) y el programa asociado entre la Universidad De Juiz de Fora y Viçosa (UFJF / UFV). Es un ex atleta internacional en el equipo de remo y el equipo brasileño de judo, con títulos internacionales. Al comienzo de su carrera docente, el trabajo se desarrolló en instituciones educativas y centros deportivos con escolares, para luego componer el grupo de técnicos de la selección principal de la ciudad de Londrina. Participó activamente en el grupo de investigación en Psicología del Deporte. En el área técnico-táctica, se aconsejó a atletas que eran medallistas olímpicos, como Leandro Guilheiro. Realizó un postdoctorado en la Universidad Federal de Pelotas (2017), tiene un doctorado en Biodinámica de la Escuela de Educación Física y Deporte de la Universidad de São Paulo (2014). Graduado en Ciencias del Deporte (2005) y especialización en Entrenamiento Deportivo (2007) de la Universidad Estatal de Londrina y maestría en Educación Física de la Escuela de Educación Física y Deporte de la Universidad de São Paulo (2010). Su investigación se centra en el análisis de rendimiento técnico-táctico, psicobiología y neurociencia en deportes y peleas.

Referências

Al Haddad, M., Simpson, B. M., Buchheit, M., Di Salvo, V., & Mendez-Villanueva, A. (2021). Peak match speed and maximal sprinting speed in young soccer players: Effect of age and playing position. Journal of Strength and Conditioning Research, 35(4), 1042–1051. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000002865

Aquino, R., Gonçalves, L. G., Vieira, L. H. P., Sá, W., Pereira, C., & Bedo, B. L. (2021). Running demands and physical conditioning of elite soccer players: Effects of playing position and competitive level. BMC Sports Science, Medicine and Rehabilitation, 13(1), 24. https://doi.org/10.1186/s13102-021-00324-x

Aquino, R. L. Q. T., Gonçalves, L. G. C., Vieira, L. H. P., Oliveira, L. P., Alves, G. F., Santiago, P. R. P., et al. (2016). Periodization training focused on technical-tactical ability in young soccer players posi-tively affects biochemical markers and game performance. Journal of Strength and Condition-ing Research, 30(10), 2723–2732. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000001381

Apriantono, T., Hasan, M. F., Ramania, N. S., Syafriani, R., Kusnaedi, K., Sunadi, D., Bahri, S., Juniarsyah, A. D., Latief, G. R. G., Elhaque, Q. M., Festiawan, R., & Pambudi, Y. T. (2024). Mapeo y tendencias de la investigación sobre la carga de trabajo en el fútbol: análisis bibliométrico [Soccer training load research mapping and trends: A bibliometric analysis]. Retos, 60, 990–1001. https://doi.org/10.47197/retos.v60.108324

Bangsbo, J., Mohr, M., & Krustrup, P. (2006). Physical and metabolic demands of training and match-play in the elite football player. Journal of Sports Sciences, 24(7), 665–674. https://doi.org/10.1080/02640414.2006.1003174

Barrett, S. (2017). Monitoring elite soccer players’ external loads using real-time data. International Journal of Sports Physiology and Performance, 12(10), 1285–1287. https://doi.org/10.1123/ijspp.2016-0516

Bedo, B. L., Gonçalves, L. G., Pereira, C., Freire, R., & Aquino, R. (2023). Ball-in-play demands and run-ning performance in soccer players. European Journal of Sport Science, 24(1), 98–107. https://doi.org/10.1007/s11332-024-01210-y

Buchheit, M., Gray, A., & Morin, J.-B. (2015). Assessing stride variables and vertical stiffness with GPS-embedded accelerometers: Preliminary insights for the monitoring of neuromuscular fatigue on the field. Journal of Sports Science and Medicine, 14(4), 698–701. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4657410/pdf/jssm-14-698.pdf

Buchheit, M., & Mendez-Villanueva, A. (2013). Reliability and stability of anthropometric and perfor-mance measures in highly-trained young soccer players: Effect of age and maturation. Journal of Sports Sciences, 31(12), 1332–1343. https://doi.org/10.1080/02640414.2013.781662

Buchheit, M., Mendez-Villanueva, A., Simpson, B. M., & Bourdon, P. C. (2010). Repeated-sprint se-quences during youth soccer matches. International Journal of Sports Medicine, 31(10), 709–716. https://doi.org/10.1055/s-0030-1261897

Castagna, C., D’Ottavio, S., & Abt, G. (2003). Activity profile of young soccer players during actual match play. Journal of Strength and Conditioning Research, 17(4), 775–780.

Clemente, F. M., Owen, A., Serra-Olivares, J., Nikolaidis, P. T., Van Der Linden, C. M., & Mendes, B. (2019). Characterization of the weekly external load profile of professional soccer teams from Portugal and the Netherlands. Journal of Human Kinetics, 66, 155–164. https://doi.org/10.2478/hukin-2018-0054

Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences (2nd ed.). Lawrence Erlbaum Associates.

Djaoui, L., Haddad, M., Chamari, K., & Dellal, A. (2017). Monitoring training load and fatigue in soccer players with physiological markers. Physiology & Behavior, 181, 86–94. https://doi.org/10.1016/j.physbeh.2017.09.004

Guimarães, R. d. S., García-Calvo, T., Raya-González, J., Ponce-Bordón, J. C., Fatela, P., & Lobo-Triviño, D. (2024). Effects of contextual variables on match load in a professional soccer team attending to the different season periods. Sensors, 24(2), 679. https://doi.org/10.3390/s24020679

Hands, D. E., & Janse de Jonge, X. A. K. (2020). Current time-motion analyses of professional football matches in top-level domestic leagues: A systematic review. International Journal of Perfor-mance Analysis in Sport, 20(5), 747–765. https://doi.org/10.1080/24748668.2020.1780872

Harley, J. A., Barnes, C. A., Portas, M., Lovell, R., Barrett, S., Paul, D., et al. (2010). Motion analysis of match-play in elite U12 to U16 age group soccer players. Journal of Sports Sciences, 28(13), 1391–1397. https://doi.org/10.1080/02640414.2010.510142

Hennessy, L., & Jeffreys, I. (2018). The current use of GPS, its potential, and limitations in soccer. Strength & Conditioning Journal, 40(3), 83–94. https://doi.org/10.1519/SSC.0000000000000386

Kvas-Cabral, V. C., Martins, H., Oneda, G., Enes, A., Moraes, I. F., & Leonel, D. F. (2022). Physical, tech-nical, and tactical differences between continental soccer teams participating in the 2018 FIFA World Cup. Journal of Physical Education and Sport, 22(6), 1507–1515. https://doi.org/10.7752/jpes.2022.06190

Lobo-Triviño, D., Raya-González, J., López-del Campo, R., Resta, R., Pons, E., & Ponce-Bordón, J. C. (2025). The evolution of match running performance in the top two Spanish soccer leagues: A comparative four-season study. Journal of Functional Morphology and Kinesiology, 10(1), 27. https://doi.org/10.3390/jfmk10010027

Malone, J. J., Di Michele, R., Morgans, R., Burgess, D., Morton, J. P., & Drust, B. (2015). Seasonal train-ing-load quantification in elite English Premier League soccer players. International Journal of Sports Physiology and Performance, 10(4), 489–497. https://doi.org/10.1123/ijspp.2014-0352

Mendez-Villanueva, A., & Buchheit, M. (2013). Football-specific fitness testing: Adding value or con-firming the evidence? Journal of Sports Sciences, 31(13), 1503–1508. https://doi.org/10.1080/02640414.2013.823231

Mohr, M., Krustrup, P., & Bangsbo, J. (2020). Match performance of high-standard soccer players: Ef-fect of fatigue development on repeated sprints and distance covered. Journal of Sports Scienc-es, 38(5), 518–526. https://doi.org/10.1080/02640414.2020.1713810

Nobari, H., Oliveira, R., Clemente, F. M., Pérez-Gómez, J., Carlos-Vivas, J., & Nastasi, S. (2022). Repeated sprint ability and physical match demands in youth soccer players. Journal of Men's Health, 18(3), 1–12. https://doi.org/10.31083/jomh.2021.082

Pereira da Silva, N., Kirkendall, D. T., & De Barros Leite Neto, T. (2007). Movement patterns in elite Brazilian youth soccer. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 47(3), 270–275.

Ponce-Bordón, J. C., López-Gajardo, M. A., Lobo-Triviño, D., Pulido, J. J., & García-Calvo, T. (2024). Lon-gitudinal match running performance analysis of soccer in professional European leagues: A systematic review. International Journal of Performance Analysis in Sport, 24(6), 601–625. https://doi.org/10.1080/24748668.2024.2343579

Varley, M. C., Jaspers, A., Helsen, W. F., & Malone, J. J. (2017). Methodological considerations when quantifying high-intensity efforts in team sport using global positioning system technology. In-ternational Journal of Sports Physiology and Performance, 12(8), 1059–1068. https://doi.org/10.1123/ijspp.2016-0534

Downloads

Publicado

08/19/2025

Edição

Secção

Artigos de caráter científico: trabalhos de pesquisas básicas e/ou aplicadas.

Como Citar

Ramos, S., de Albuquerque Freire, L., Jotta da Costa, B., da Silveira Vasconcelos, D., Massoto Laranjeiras, L. P., Cunha de Mello Pedreiro, R., Brito, C. J., Valenzuela Pérez, D. I., Aedo-Muñoz, E., Merino-Muñoz, P., & Miarka, B. (2025). Relatório de dados sobre comparações de distância, resistência, velocidade, força e volume de treino no futebol entre Brasil, Arábia Saudita e Portugal. Retos, 70, 106-115. https://doi.org/10.47197/retos.v70.115124